
Ao desafiar lideranças econômicas, sindicais e políticas a se manifestarem sobre a crise do Estado e sobre eventuais saídas, Zero Hora procurou cumprir uma das principais atribuições de um veículo de comunicação, que é proporcionar espaço para o debate público de ideias e opiniões. A série Visões do Rio Grande, que durante quatro meses reuniu artigos de empresários, sindicalistas, parlamentares, ex-governadores e também do atual chefe do Executivo gaúcho, deixa um conjunto de proposições voltadas para o saneamento da administração pública e para o desenvolvimento do Estado.
- O Rio Grande tem saída, sim! - responderam de forma uníssona todos os articulistas, independentemente de suas posições políticas e ideológicas. Embora tenham apresentado receitas diferentes e até mesmo conflitantes em alguns casos, líderes de segmentos tão diversos quanto federações empresariais e centrais de trabalhadores coincidiram no comprometimento com o Estado e com o bem-estar de sua população.
Mesmo em tempos de questionamentos sobre o que é publicado, todos aceitaram prontamente a provocação de registrar em 4 mil caracteres suas impressões sobre o que está errado e o que pode ser corrigido na economia e na administração rio-grandenses. Ganham destaque nessa seleção de textos os relatos dos oito políticos que já tiveram a oportunidade de chefiar o Executivo, além, evidentemente, das conclusões do atual governador. (Um resumo com as principais ideias será apresentado em reportagem especial na edição de amanhã de ZH, e os artigos completos podem ser consultados em zhora.co/VisoesDoRS).
Visões do Rio Grande é apenas uma mostra do pensamento de representantes de setores importantes da sociedade gaúcha, e em hipótese alguma esgota o debate. Pelo contrário, abre um espaço a mais para a divulgação de ideias destinadas a ajudar o Estado a enfrentar suas dificuldades e desafia também o público a avaliar, comentar e questionar essas posições. Se o Rio Grande realmente tem saída, como acreditam os articulistas e provavelmente a quase totalidade dos gaúchos, esta deve incluir o diálogo civilizado, a troca sensata de ideias e a confrontação de experiências diversas.
Editorial publicado antecipadamente no site de Zero Hora, na quinta-feira, com links para Facebook e Twitter. Os comentários para a edição impressa foram selecionados até as 18h de sexta-feira. A questão: Editorial diz que só o diálogo ajudará o Estado a sair da crise. Você concorda?
O LEITOR CONCORDA
Creio que esteja na hora da ética estar acima das questões partidárias e o bem público deva prevalecer em todas as discussões. Não temos tempo a perder, precisamos nos fortalecer como Estado!
MIGUEL MOSCARELLI - PORTO ALEGRE (RS)
Se a pergunta define diálogo como o oposto de "luta armada", então, neste caso, apenas o diálogo poderá resolver. Meu voto vai para a secessão do Sul, de fato teríamos de nos reestruturar, porém não ter nossas riquezas forçadamente roubadas pelos "vizinhos ao norte" já nos ajudaria significantemente e não ampliar essa dívida forçada de quando eles retiram 57% do nosso dinheiro e devolver nada. De quebra, com uma reestruturação governamental/econômica, podemos acertar em pontos onde o Brasil, pelo seu histórico estatista, não tem mais opção de mudar.
MAIKO GABRIEL KINZEL ENGELKE - PORTO ALEGRE (RS)
@FabiodsFarias
O diálogo sempre é a saída para tudo. Sempre!
O LEITOR DISCORDA
A sociedade já faz a sua parte, os políticos é que não fazem. Ou alguém tem dúvida? Todas essas mazelas que existem hoje foram criada por eles pra se manter no poder.
JOSELMO VAICH DOS ANJOS - CANOAS (RS)
Não, não concordo. Acho que mais importante que o diálogo são as "ações". O diálogo é usado durante a campanha eleitoral, depois disso o importante é colocar em prática o que foi prometido. Acho que o governo e seu comandados devem deixar de lado suas restrições, arregaçar as mangas e trabalhar. Só assim teremos um Estado que almejamos. Já dizia um escritor famoso: "As palavras são sonhos; o trabalho é a realização deles"
ALDA PEGORARO ROEDER - NOVA PRATA (RS)
@Cros-rs 22
Não sabia que a palavra diálogo era sinônimo de "mais impostos"! Vivendo e aprendendo!