O Parlamento francês aprovou, nesta quinta-feira (13), a proibição de cigarros eletrônicos descartáveis, que são particularmente populares entre os jovens, tornando-se o segundo país da União Europeia a proibi-los, depois da Bélgica.
Esses dispositivos, com sabor açucarado ou frutado e embalagens coloridas que lembram doces, são vendidos a um preço razoável. Embora sua venda para menores seja proibida, levantam preocupações sobre o risco de dependência entre os jovens.
Além das consequências para a saúde devido ao seu teor de nicotina, os cigarros eletrônicos descartáveis, conhecidos como "puffs", também apresentam um desafio ambiental, pois são feitos de plástico e contêm uma bateria de lítio não reciclável.
"Esta é uma vitória importante em uma dupla batalha que travamos: a batalha ecológica contra as baterias de lítio (...) e a batalha pela saúde dos nossos jovens, que são o alvo desse consumo cada vez mais perigoso", disse à AFP a ex-deputada Francesca Pasquini, autora da lei.
De acordo com uma pesquisa da BVA para a associação "Alliance contre le tabac", em 2023, 15% dos adolescentes de 13 a 16 anos na França já experimentaram esses "puffs" e 47% deles dizem que começaram sua introdução à nicotina dessa forma.
Enquanto aguarda sua promulgação pelo presidente de centro-direita, Emmanuel Macron, para sua entrada em vigor, a França se prepara para seguir os passos da Bélgica, que proibiu esses dispositivos em dezembro de 2024. O Reino Unido também expressou sua intenção de proibi-los em junho.
* AFP