As autoridades de El Salvador prenderam, nesta quinta-feira (13), Eugenio Chicas, ex-presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), acusado de "enriquecimento ilícito" em detrimento da administração pública, informou a Procuradoria-Geral da República (FGR) salvadorenha.
Chicas, presidente do TSE entre 2009 e 2014, "deverá responder criminalmente perante os tribunais, onde será apresentado nos próximos dias", afirmou a FGR.
O órgão acusador lembrou que Chicas foi condenado em um processo civil em novembro de 2024 a "reintegrar" mais de 200.000 dólares (cerca de R$ 1,1 milhão) ao Estado, após sua gestão no TSE e como secretário de Comunicações da Presidência (2014-2019).
Ex-dirigente do partido de esquerda Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), Chicas tem sido um forte crítico da gestão do presidente conservador Nayib Bukele, que em 2024 foi reeleito para um novo mandato de cinco anos.
"Guerra contra a corrupção", escreveu Bukele no X, onde retuitou uma foto do acusado publicada pela FGR.
Chicas conseguiu em 2018 que um tribunal condenasse Bukele por difamação e recebeu 50.000 dólares do então candidato presidencial.
Durante a guerra civil salvadorenha (1980-1992), Chicas era conhecido como o comandante "Marcos" na ex-guerrilha do FMLN.
O ex-presidente do TSE, que foi preso depois de deixar seu filho em uma escola em San Salvador, também está inabilitado de exercer qualquer cargo público por dez anos.
* AFP
