Um navio antissubmarino russo forçou neste sábado (12) um submersível norte-americano a sair das águas territoriais nacionais no Pacífico, informou o Ministério da Defesa russo em um comunicado, em plena tensão entre os dois países pela situação na Ucrânia.
O destróier "Marechal Shaposhnikov" detectou o submarino perto das Ilhas Curilhas e o intimou a "sair à superfície imediatamente", sem receber resposta, indicou o comunicado.
O navio usou, então, os "meios adequados" para forçar o submarino norte-americano "a sair das águas territoriais russas a toda velocidade", acrescentou, detalhando que o incidente ocorreu às 7h40min (4h30min de Brasília).
"Em relação à violação por parte de um submarino da Marinha americana da fronteira estatal da Federação Russa, o adido militar da embaixada americana em Moscou foi convocado ao Ministério da Defesa russo", informou a pasta.
O submersível norte-americano foi detectado durante exercícios de rotina da Frota do Pacífico russa perto da ilha Urup, do arco insular das Curilhas.
Mas um comunicado das Forças Armadas dos Estados Unidos destacou que "não há verdade na versão russa de nossas operações em suas águas territoriais".
O capitão Kyle Raines, porta-voz do comando americano Ásia-Pacífico, disse que não comentaria a localização exata dos submarinos norte-americanos. No entanto, acrescentou que "sim, voamos, navegamos e operamos com segurança em águas internacionais".
O incidente ocorreu poucas horas antes de um telefonema entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e americano, Joe Biden, para tentar desativar as tensões em torno da Ucrânia, uma ex-república soviética do leste europeu ameaçada, segundo os Estados Unidos, por uma iminente invasão russa.