
O húngaro Péter Erdö é um dos nomes nomes europeus cotados para suceder o papa Francisco, que morreu na segunda-feira (21), aos 88 anos.
Tradicionalmente realizado no 15º dia após a morte do papa, o conclave é o processo em que os cardeais ficam confinados na Capela Sistina, dentro do Vaticano, para eleger o próximo líder da Igreja Católica. São 120 votantes.
Mais alinhado à ala conservadora, Erdö, 72 anos, opõe-se, por exemplo, a que católicos divorciados possam receber a comunhão ou que casais do mesmo sexo recebam a bênção. Ao mesmo tempo em que admite o direito de pessoas migrarem por razões como fome ou guerra, aponta riscos à estabilidade política dos países que recebem esses fugitivos. É visto como alguém com capacidade de diálogo com outras religiões.
Intelectual austero, fala sete línguas, é apreciado por seus conhecimentos teológicos e sua abertura a outras religiões.
Fervoroso defensor do diálogo com os cristãos ortodoxos, também dedica atenção especial à comunidade judaica.
Erdö foi criticado por seu silêncio diante das tendências antiliberais do governo húngaro de Viktor Orban. A igreja húngara, no entanto, acolheu suas iniciativas de reformar locais de culto e recristianizar escolas, em nome da defesa do cristianismo na Europa.