
Tradicionalmente no 15º dia após a morte do papa tem início o conclave. É o processo em que os cardeais ficam confinados na Capela Sistina, dentro do Vaticano, para discutir os rumos da Igreja Católica e eleger o próximo Sumo Pontífice.
Durante esse período, o Vaticano convoca o chamado Colégio dos Cardeais, com religiosos do mundo inteiro. Atualmente, 252 cardeais integram esse grupo. Deste montante, 135 cardeais com menos de 80 anos estão aptos a participar da eleição do novo papa, sendo sete brasileiros.
Um nome que desponta como favorito a suceder o papa Francisco é o italiano Pietro Parolin.
Conheça Pietro Parolin
Pietro Parolin, 70 anos, foi diplomata da Igreja durante a maior parte de sua vida. Tinha confiança de Francisco, que o nomeou cardeal no mesmo ano em que o argentino se tornou Papa. Ainda em 2013 assumiu como Secretário de Estado do Vaticano, cargo semelhante ao de um primeiro-ministro. Os secretários de Estado são frequentemente chamados de "vice-papa", pois ocupam o segundo lugar na hierarquia do Vaticano.
Parolin, que é visto como um moderador, possui trânsito entre os progressistas e os conservadores e defende o poder do Vaticano sobre os líderes da Igreja local. Segundo ele, as igrejas locais não podem tomar decisões que acabariam afetando todos os católicos.
Ele entrou para o serviço diplomático do Vaticano apenas três anos após sua ordenação sacerdotal em 1980, portanto sua experiência pastoral é limitada. Ele também nunca administrou uma diocese.
Perfil diplomático
Antes de ser nomeado cardeal, Parolin atuou como vice-ministro das Relações Exteriores no papado de Bento XVI, que em 2009 o nomeou embaixador do Vaticano na Venezuela, em um momento de crise na relação da Igreja Católica com o governo de Hugo Chávez.
O italiano teve também papel de destaque no restabelecimento das relações entre Vaticano e China, entre Estados Unidos e Cuba (em 2014) e, no ano passado, esteve cumprindo missão de paz na Ucrânia.