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De 1º de janeiro até a última segunda-feira, 10 de fevereiro, o Corpo de Bombeiros Militares do Estado já atendeu 1953 incêndios em vegetação. O número representa mais do que o dobro de ocorrências do mesmo período em 2024, quando os bombeiros atenderam 942 incêndios em vegetação.
Somente desde o último domingo (9), incêndios foram registrados em vegetação em municípios como Triunfo, na Região Carbonífera, Rolante, no Vale do Paranhana, Gravataí, na Região Metropolitana e Tramandaí, no Litoral Norte.
Segundo o Capitão Emerson Ribeiro, da Assessoria de Operações e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros, as autoridades vinculam a alta de ocorrências a três fatores principais: a baixa umidade relativa do ar, temperaturas superiores a 30°C e uma sequência de 30 dias ou mais sem chuva — como acontece no período de estiagem no qual se encontra o Estado. Conforme o capitão, porém, o aumento de incêndios em vegetação é cíclico.
— Mas também, é importante destacar que é cíclico. Como os números mostram, já tivemos no passado um alto índice de incidência de focos de incêndio também — afirma Ribeiro.
Segundo os dados fornecidos pelo Corpo de Bombeiros Militares (CBMRS), a quantidade de atendimentos a esse tipo de fogo no mesmo período em 2022 e 2023 foi ainda maior do que a registrada agora, em torno de 2,8 mil.
O Corpo de Bombeiros avalia que a maioria dos incêndios é causada pela ação humana, como a limpeza de áreas rurais com fogo feita sem os cuidados necessários e a queima de lixo.
— Muitas das vezes, ali no meio daquele lixo, vai haver material inflamável que não se previa, então é muito fácil perder o controle de um foco pequeno e ele acabar se alastrando, já que o vento é um grande contribuidor — explica Ribeiro.
O descarte de material inflamável como bitucas de cigarro e fósforos deve ser feito corretamente, orienta o bombeiro. Nas ocasiões em que o incêndio é causado naturalmente, a origem costuma ser por conta de raios.
Produção: Fernanda Axelrud