Um final inesperado, mas dentro da normalidade. A Santa Casa de Porto Alegre confirmou, na manhã desta terça-feira (7), que um homem de 67 anos, escoltado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) desde a BR-386, em Marques de Souza, até o hospital no centro da Capital para a realização de um transplante de rim, não recebeu o órgão.
Na noite de segunda-feira (6), o idoso, que não teve identidade divulgada, recebeu uma ligação informando que um rim compatível com seu organismo havia sido doado, e pediu apoio à PRF para chegar a tempo a Porto Alegre. No entanto, o órgão acabou doado a outra pessoa.
Isso porque a Santa Casa chamou três pacientes aptos a receber o rim e que também estavam na fila pelo transplante — o que, segundo a casa de saúde, faz parte do protocolo, uma vez que existe a possibilidade de o órgão não ser compatível com os primeiros da fila. O idoso escoltado pela PRF era o terceiro na espera, mas os exames comprovaram que um dos primeiros pacientes na lista de prioridades poderia passar pelo transplante e acabou recebendo a doação.
Conforme a Santa Casa, a fila de transplante tem diversos critérios que sempre são respeitados. No caso em questão, o rim acabou com um paciente que tinha maior urgência. Como a operação precisa ser realizada dentro de um prazo relativamente curto, após o órgão ser retirado do doador, não há tempo suficiente para chamar um paciente por vez para a realização dos exames de compatibilidade. O número de pacientes que são chamados a cada órgão recebido é variável de acordo com cada situação específica. Ainda conforme a intituição, o paciente chamado e seus familiares são sempre avisados dessa possibilidade de chegar ao hospital e não ser o receptor do órgão.
O senhor já foi liberado e deve retornar a Passo Fundo, onde reside. Há dois anos, ele realiza hemodiálise três vezes por semana.