Há dois tipos de El Niño, central e leste. Este último, que se caracteriza pelo aquecimento de quase toda a área do oceano Pacífico na Linha do Equador, é o que ocorre em 2015 e também o que mais afeta Santa Catarina, em especial a região Oeste, explica a meteorologista Alice Grimm.
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El Niño foi confirmado em maio pela NOAA e está influenciando o clima desde então. Além do aumento nas chuvas, o fenômeno normalmente traz invernos menos frios. Tanto que julho de 2015 chegou ao fim como o mais quente dos últimos 54 anos no Estado, conforme cálculo das temperaturas mínimas acima do normal. O maior impacto na temperatura é justamente no ano em que o El Niño começa.
- O comportamento em julho e agosto indica que o El Niño passou de moderado a forte - explica o professor de meteorologia do IFSC Mário Quadros, integrante do Fórum Climático Catarinense.
Para produzir eventos extremos no Sul do Brasil é necessária uma série de fatores: excesso de nuvens, muita umidade e uma situação de formações de ciclone e anticiclone sobre a região.