Na tarde desta segunda-feira, o Instituto Geral de Perícias (IGP) encaminhou à Polícia Civil o laudo sobre a casa que desabou em maio e fez três vítimas da mesma família, no bairro Maria Céu, em Criciúma. O estudo apontou que o imóvel possuía três falhas estruturais que a levaram a ruir.
IGP de Criciúma avalia casa desabada e aponta que a perícia será complexa
O desabamento aconteceu na madrugada de seis de maio e vitimou o casal Daiane Lotério Osório, 37 anos, Adriano Bento de Souza, 41 anos, e a mãe dele, Valdete de Souza, de 66 anos. O filho do casal, Lucas, de 15 anos, e o pai de Adriano, Hélio Bento de Souza, de 70 anos, sobreviveram.
Foram três meses de um trabalho complexo e minucioso da perícia, que analisou todo o material utilizado na construção da casa e constatou ao menos três erros estruturais. Além disso, a construção não tinha um engenheiro responsável, registro na prefeitura, nem cálculo estrutural.
Construída há seis anos, a casa tinha estrutura frágil e material inadequado. A espessura da ferragem era menor que o recomendado para o tipo de construção, os pilares não estavam posicionados corretamente e as emendas não foram bem feitas, o que causou infiltração, pois a água comprometeu os ferros.
Outro aspecto que pode ter contribuído para o desmoronamento estava nos pilares da garagem, que aparentavam ter algumas batidas de carro.
A Polícia Civil identificou o construtor, que será interrogado e pode responder na Justiça pelos danos causados pelo desabamento.
- Ele pode responder por homicídio culposo ou pode ser constatado o doloso. Mas eu acredito que não houve intenção - disse o delegado responsável pelo caso, João Loss.