
Dois integrantes da Popular, torcida organizada do Inter, foram presos na manhã desta quinta-feira (13), em Canoas e Alvorada, na Região Metropolitana. Eles foram detidos por suspeita de agressão e roubo contra outro membro da própria torcida.
O caso ocorreu no jogo amistoso do Inter contra a seleção mexicana, em 16 de janeiro, no Beira-Rio. A operação Sevengate, deflagrada pela 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, cumpriu também mandados de busca e apreensão. Um outro envolvido está foragido.
Os nomes dos presos não foram divulgados, mas a reportagem de Zero Hora apurou que são Leonardo da Silva Fraga, 29 anos, e Juan Melgares Faller da Silva, 22 anos.
Líder da organizada
Segundo a polícia, Leonardo é o líder da organizada em Canoas. Ele já tem passagem por tumulto em eventos esportivos, por participar de uma briga em uma estação do Trensurb, em outubro do ano passado. Sua prisão ocorreu no lugar onde trabalha. Junto com ele os policiais apreenderam socos ingleses e drogas.
Com o outro preso foi encontrado também um chapéu da torcida Geral do Grêmio. Segundo a polícia, o objeto foi roubado na briga entre colorados e gremistas registrada no Trensurb antes do Gre-Nal de sábado passado.

A Operação Sevengate foi deflagrada por conta da investigação da briga do jogo do Inter contra o México. Naquele 16 de janeiro, após a partida outro torcedor, também membro da Popular, foi espancado na saída do portão 7 do Beira-Rio, por causa de uma bandeira. Na ação, levaram também seu celular. A vítima ficou desacordada e foi socorrida por seguranças do Inter e pela Brigada Militar. A polícia ainda busca um terceiro envolvido no episódio.
— Ainda estamos entendendo a motivação do crime, sabemos que são de núcleos diferentes da torcida na Região Metropolitana e que pode ter uma rivalidade— explicou o delegado Vinícius Nahan, titular da 2ª DP.
Operação Sevengate
Na operação, participaram 25 agentes e 10 viaturas. Os presos foram encaminhados à delegacia em Porto Alegre. Eles responderão por roubo majorado e associação criminosa. O que estava com o chapéu da Geral também será enquadrado em receptação. A pena máxima, em caso de condenação, é de até 10 anos. As defesas dos dois presos ainda não se manifestaram.
— O que percebemos é que não houve aumento de briga entre torcedores, a situação está controlada. Mas há pessoas que estão nesse meio para brigar, fazer rixa com clubes rivais ou até do mesmo, como foi o caso aqui. O que buscamos, enquanto polícia, é responsabilizar os indivíduos que têm intenção de cometer crimes, como vandalismo, agressões e roubo. Os estádios e as estações de trem são monitoradas, e isso facilita na identificação. Por isso conseguimos deflagrar essa operação, com cooperação do clube — finaliza Nahan.