
Em uma semana cheia, com tempo para treinar e recuperar jogadores, Roger Machado pode se dar ao luxo de fazer mistério na escalação. Com a volta de antigos titulares, que inclusive entraram no último Gre-Nal, como Wesley e Borré, e de Rochet, que ficou no banco, o técnico decidirá se manterá os 11 que iniciaram a partida na Arena ou se devolverá a titularidade aos jogadores. Mas, depois de uma atuação tão boa, vale a pena mexer no time?
Os casos têm alguma diferença, especialmente o do goleiro na comparação com os atacantes. Anthoni jogou todas as partidas do Gauchão, não tem nenhuma falha e fez algumas intervenções importantes. Comandou a defesa menos vazada do Gauchão até aqui. E Rochet não estava 100%. Roger informou que o uruguaio reunia condições mínimas, foi para a Arena por conta de sua liderança.
— Anthoni vem fazendo um grande campeonato e Rochet é uma grande liderança interna. Ele passa segurança, motivação e incentivo para o Anthoni. Vamos observar como Rochet progride ao longo da semana, mas gostaria de privilegiar Anthoni — disse o treinador.
Para o narrador Paulo Andrade, do SporTV, que transmitiu os dois primeiros clássicos, não há razão para mexer no gol:
— Rochet é o melhor goleiro do elenco, é de seleção vai ser o titular do Inter ao longo do ano, mas está recuperando o ritmo de jogo. Ele não atua desde dezembro do ano passado. Anthoni tem feito partidas seguras, é o pilar da melhor defesa do Gauchão até aqui. É um jovem goleiro em desenvolvimento. Tem tem tudo para melhorar ainda mais. Não vejo razão para mudar.
Centroavante
O mais polêmico é o caso dos centroavantes. Borré e Valencia têm estilos diferentes. Valencia é um jogador para receber bola em profundidade, disputar na base da força. Borré é mais associativo, busca tabelas, participa. Existe até uma mudança tática nessa escolha.
Comentarista da Rádio Gaúcha nos clássicos de 2025, Leonardo Oliveira não vê tanta certeza na manutenção de Valencia. Será o corpo do colombiano quem dirá sua condição.
— Percebi Borré um grau abaixo, fisicamente Mas com uma semana de treinos, pode resgatar seu lugar — aponta o comentarista.
Paulo Andrade completa:
— Roger pode entender como necessária a troca por conta de questão tática. Valencia não está comprometendo, longe disso, mas se ele achar que o time necessita de alguém que trabalha mais coletivamente, pode devolver o Borré. Dos três suplentes, me parece o mais próximo de voltar.
A questão Wesley é mais nome por nome. Ele voltaria naturalmente, até por ter sido um dos melhores do time em 2024, mas Carbonero foi bem no Gre-Nal, inclusive marcando um gol. Roger teria de tirar um destaque do clássico, portanto.
Wesley ou Carbonero
— O que justifica tirar Carbonero do time titular para devolver Wesley? Carbonero fez um gol importante e está super motivado, foi bem também na semifinal contra o Caxias. Não vejo a necessidade de colocá-lo no banco de reservas para devolver ao time Wesley, que talvez esteja longe das melhores condições justamente por conta do tempo de inatividade — finaliza Paulo Andrade.
Leonardo Oliveira considera Wesley já em condições:
— No clássico passado, me pareceu pronto. Entrou bem. Com mais tempo, pode recuperar lugar. Mas o que fica mesmo é que mostraram concorrência forte. As ausências na reta final criaram novas alternativas ao Inter, que é quem realmente ganha.
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