O receio de um surto de gripe ou até mesmo de covid na Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo no Catar foi descartado pela CBF. Houve um alarme depois que Vini Jr., na zona mista ao final da vitória sobre a Suíça, revelou o estado febril de Neymar. Como Anthony havia ficado de fora dos treinos de sexta-feira (25) e sábado, por mal-estar, e Lucas Paquetá havia sido preservado de parte dos trabalhos do fim de semana, por estar debilitado, logo correu no ambiente aqui da Seleção a desconfiança de que os casos estariam interligados.
Nesta terça-feira (29), Juninho Paulista, diretor de Seleções da CBF, negou qualquer possibilidade de que haja um princípio de surto na concentração. Também descartou a possibilidade de testagem dos jogadores. Juninho concedeu entrevista coletiva, ao lado de Taffarel, preparador de goleiros, César Sampaio, auxiliar de Tite, e Ricardo Gomes, um dos observadores.
Na conversa com os jornalistas, ele disse que está fora dos planos submeter a delegação a testes de covid. Nenhum caso suspeito foi detectado para motivar a coleta. O diagnóstico repassado pelo médico Rodrigo Lasmar a Tite e sua equipe é de que alguns jogadores sentiram a mudança de ambiente. Saíram do frio europeu e vieram para o calor do Catar, tendo no meio disso uma carga pesada de tensão pelo começo da Copa.
Na saída do 974 Stadium, na segunda-feira, Antony garantiu estar totalmente recuperado e livre do mal-estar que o abateu por dias, com náuseas e prostração.
Um dos desafios para quem está aqui em Doha, na verdade, tem sido a alternância do ar-condicionado para o calor em ambientes externos. Aliás, a variação se dá mesmo nos lugares climatizados, com diferenças grandes de temperatura. A potência do ar-condicionado nos quartos do hotel da Seleção, aliás, seria um ponto de atenção.
No começo da noite, aqui em Doha, o médico Rodrigo Lasmar divulgou um boletim médico em que confirmou a febre de Neymar. Mas disse que estava controlada e não interferiu no processo de recuperação da lesão no tornozelo.