
Sempre incisivo nos comentários, o ex-jogador e, atualmente, senador, Romário, foi o entrevistado pelo jornalista Duda Garbi no programa Um Assado Para..., veiculado nesta segunda-feira (14) no YouTube. Na conversa, ele lembrou episódios da carreira e comentou sobre a ausência na lista dos convocados para a Copa do Mundo de 2002.
Também em entrevista para Duda Garbi, no mesmo programa, veiculado em março deste ano, Felipão admitiu que não convocou o "Baixinho" por uma questão técnica, dando a entender que ele não se encaixava no estilo de jogo do time.
— A decisão foi observando que, eu, com aquele tipo de jogador, naquela posição, jogando daquela forma que jogava, não teria as mesmas condições que eu tive com a Seleção Brasileira, jogando com outros jogadores. Eu teria que jogar de uma forma diferente e eu não sei se as características daqueles jogadores que nós possuíamos naquele momento casariam perfeitamente — disse Felipão na entrevista publicada no mês passado.
Romário ouviu a declaração e disse não concordar.
— Aquilo não me convenceu, até porque eu era um jogador que jogava em qualquer modelo. Eu cabia naquele time de qualquer jeito — comentou o ex-centroavante, que admitiu ter aceitado a decisão depois de ouvir a versão do ex-treinador da Seleção.
— A partir do momento que ele diz que não me levou para a Copa por um motivo técnico, eu tive que aceitar. É um direito dele. Não concordei, nunca vou concordar, mas é um direito dele como treinador
Romário concluiu dizendo que nunca conversou a fundo com Felipão após o ocorrido. Entretanto, reforçou que o respeita e que não existem mágoas da parte dele.
Técnico da Seleção
Outro tópico levantado na entrevista foi o futuro treinador do Brasil. Após a demissão de Dorival Júnior, a CBF está atrás de um substituto. Para Romário, o comandante tem de ser um estrangeiro, ideia que ele começou a aceitar há pouco tempo.
— Eu tive um momento na minha vida em que eu acreditava que o Brasil não poderia ter um técnico estrangeiro. Hoje eu mudei essa ideia, mudei esse pensamento — afirmou.
Apesar da fala, ele entende que Renato Portaluppi poderia ter um espaço, mas vê Jorge Jesus como o mais provável. Quanto ao preferido, ele cita o nome de um ex-companheiro dos tempos de Barcelona.
— O Renato seria um cara que poderia ter uma chance de treinar a Seleção Brasileira. Só que, como agora ele está no Fluminense, eu acho que a vez pode ser do Jorge Jesus. Na verdade, o meu preferido é o Guardiola, mas como eu sei que é quase impossível, vamos de Jorge Jesus — disse Romário.