A greve dos professores estaduais, que dura 21 dias, faz a Secretaria da Educação (Seduc) e o Cpers/Sindicato se articularem para definir os próximos passos — enquanto o governo busca colocar fim à paralisação, o sindicato quer dar mais corpo ao movimento.
Após um ato público na manhã desta terça-feira (26), que iniciou na Avenida Borges de Medeiros, em frente ao Tribunal de Justiça, em Porto Alegre, um grupo de docentes ligados ao sindicato dirigiu-se até o Palácio Piratini. O objetivo dos educadores era marcar a data de um ano, fechado em 5 de setembro, da decisão judicial que impedia o parcelamento de salários — medida que foi descumprida.
Na sexta-feira (29), ocorrerá uma assembleia-geral, no Gigantinho, para avaliar a mobilização da categoria. O comando de greve havia se reunido também na segunda-feira (25) para discutir a mobilização.
Por parte do governo, uma reunião entre a Seduc e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) está marcada para esta terça-feira (26), às 17h, com o objetivo de debater como fica o calendário letivo — há chances de a recuperação ocorrer com aulas nos sábados e no período que seria para férias de verão. Em relação ao ponto dos professores, a assessoria da pasta afirmou a questão não deve fazer parte da pauta desta tarde.
A Seduc aponta que, até o final da manhã, o balanço indicava 624 escolas afetadas pela paralisação (201 totalmente sem atividade e 423 de forma parcial). Como ainda falta contabilizar algumas regiões que não passaram informações, o número, conforme a secretaria, pode chegar a 300 instituições paralisadas e 570 com atividades parciais.
O Cpers, por outro lado, estima que 75% das instituições aderiram a greve — isso significa cerca de 1,9 mil escolas.