Segundo dados do Instituto Pet Brasil, o segmento pet movimentou cerca de R$ 40 bilhões só no ano de 2020. Os brasileiros já possuem cerca de 140 milhões de animais de estimação, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Já na pecuária os números são ainda mais impressionantes. Atualmente temos no Brasil mais gado do que seres humanos, 215 contra 212 milhões (IBGE), apontados pela Pesquisa de Pecuária Municipal (PPM).
Ou seja, o médico veterinário, enquanto profissional preparado para trabalhar em ambos os setores (dentre muitos outros), tem muitas opções de crescer na carreira. Mas, para entender melhor o que o futuro reserva, fomos conversar com a Coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), Profª Dra Diane Alves de Lima.
Previsões para o futuro
Assim como em diversas profissões, a tecnologia terá um papel essencial no futuro da Medicina Veterinária. Com avanços que permitirão diagnósticos mais rápidos e precisos,agilizando as etapas de prevenção e tratamento, assim como a descoberta de novos remédios e outros tratamentos que proporcionarão um maior conforto à animais doentes, podendo inclusive prolongar sua expectativa de vida.
A tendência é que especialistas em diagnóstico, monitoramento, tratamento e pesquisa de doenças e lesões ganhem cada vez mais espaço no mercado com o crescimento da demanda por essas áreas. Mas o campo da análise de dados também é promissor, por meio de ferramentas de monitoramento e controle que permitirão ao médico veterinário analisar fatores como saúde, qualidade de vida e potenciais riscos presentes em certos grupos de animais.
De acordo com Diane, coordenadora do curso da FSG, o cenário promete ser positivo para os futuros profissionais, tendo a tecnologia como aliada e não como concorrente.
– O emprego da tecnologia não substitui o raciocínio clínico responsável pelo processo de decisão, seja ela voltada ao diagnóstico, à terapêutica ou ao manejo. Portanto, a automatização dos serviços e o emprego de alta tecnologia não substitui o processo cognitivo do veterinário na tomada de decisão para resolução de problemas – afirma.
Oportunidades para novos profissionais
Se engana quem pensa que Medicina Veterinária se limita ao tratamento de animais de estimação. A profissão proporciona um grande leque de opções para os profissionais, que podem atuar: na área clínica médica e cirúrgica; na Saúde Única,trabalhando na interface entre a saúde dos animais, dos seres humanos e do ambiente; na inspeção e fiscalização de produtos de origem animal; na vigilância ambiental; dentre diversos outros campos de atuação.
Diane inclusive aponta que, recentemente, pudemos ver na prática a importância desses profissionais em uma das áreas que também promete grandes oportunidades no futuro: o controle de zoonoses, doenças transmitidas dos animais para os humanos e vice-versa.
– Os conhecimentos adquiridos na área de imunologia, microbiologia e biologia molecular tornam o médico veterinário habilitado para atuar em laboratórios de diagnóstico e de pesquisa. Dessa forma, médicos veterinários de diferentes regiões do país e do mundo trabalharam no diagnóstico da COVID-19, em estudos sobre a transmissibilidade do vírus e também no desenvolvimento de vacinas. Todo esse conhecimento de formação em Medicina Veterinária Preventiva pode ser estendido para outras situações semelhantes – destaca Diane.
Atualmente, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)reconhece 80 áreas de atuação na profissão, possibilitando um grande leque de opções para quem deseja segui-la. Sobre isso, Diane reforça que ela continuará sendo fundamental no futuro.
– O Médico Veterinário tem um papel importante na saúde e bem-estar de animais, de seres humanos e do meio ambiente. Com o crescimento da população mundial e a necessidade de um desenvolvimento sustentável, suas ações serão fundamentais – afirma.
O curso de Medicina Veterinária da FSG
Enquanto coordenadora da graduação no Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), ela afirma que o curso tem sido cada vez mais aprimorado para que os estudantes saiam preparados para o mercado de trabalho, com aulas teórico-práticas e uma ampla estrutura disponível para o desenvolvimento de seus conhecimentos.
– O Centro Clínico Veterinário da FSG conta com consultórios para atendimento clínico de pequenos animais, incluindo pets não convencionais (ou seja, animais silvestres ou exóticos), bloco cirúrgico com equipamentos modernos, setor de diagnóstico por imagem, laboratórios de Patologia Clínica, Patologia Animal, Microbiologia, Parasitologia e Reprodução Animal, além de setor destinado ao atendimento clínico e cirúrgico de grandes animais. Em adição, estão as aulas práticas, nas quais os alunos são estimulados a participar de atividades relacionadas à extensão universitária, iniciação científica, monitorias e estágios extracurriculares – destaca.
Quer conhecer mais sobre o curso? Acesse o site da FSG