O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, encontrou-se nesta sexta-feira (17) com uma comitiva de autoridades e trabalhadores de Candiota, município da campanha gaúcha. O grupo buscou a agenda para formalizar o pedido de prorrogação das operações da usina termelétrica a carvão Candiota 3, desligada desde 1° de janeiro.
O encontro foi realizado na base aérea de Canoas no desembarque do vice-presidente, que participou no final da manhã de anúncios da indústria química no polo petroquímico de Triunfo. A usina de Candiota foi desligada após o fim de contratos de compra e venda de energia.
O governo federal busca honrar compromissos internacionais relacionados à energia limpa e avalia que o uso de energia de termelétricas encarece as tarifas aos consumidores. A comitiva, liderada pelo prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, pediu prazo de operação até 2043. Alckmin não descartou o atendimento do pleito:
— Tinha uma emenda de um projeto de lei das offshore que não tinha a ver com o tema, era estranha. Eu recebi (a demanda da comitiva) e vou levar ao Ministério de Minas e Energia e à Casa Civil. O Brasil é um exemplo para o mundo em termos de sustentabilidade, pois temos a energia mais limpa: solar, eólica, hidrelétrica e de biomassa. Somos um exemplo de descarbonização. Claro que há um fim previsto (para usinas a carvão), mas há a possibilidade de uma transição.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade na última quarta-feira (15), o prefeito de Candiota afirmou que um período até 2043 seria suficiente para a região promover uma transição energética e econômica para novas atividades. As autoridades estão preocupadas com o impacto econômico do fim da operação de Candiota 3 para o município de 11 mil habitantes da Campanha e cidades vizinhas, como Bagé, Hulha Negra, Pelotas, Pinheiro Machado e até mesmo cidades do Uruguai.