
A morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21) traz mais uma das tradições milenares da Igreja Católica: a quebra cerimonial do anel do pescador.
Como a joia simboliza a autoridade máxima do religioso, a quebra marca o fim oficial do seu pontificado, após a morte ou saída oficial do cargo.
O ritual ocorre em uma cerimônia com cardeais, e o anel é esmagado com um martelo diante do colégio cardinalício, conforme o protocolo do Vaticano.
Segundo o UOL, a Constituição Apostólica Universis Dominici Gregis descreve a necessidade de inutilizar objetos ligados ao pontificado.
Com inscrições em latim, o anel carrega o nome do papa que comanda a Igreja Católica naquele momento. Na joia do papa Francisco estava escrito Franciscus.
Em alusão ao apóstolo Pedro, o anel do pescador ganhou esse nome em homenagem a São Pedro, considerado o primeiro papa da igreja católica e que era pescador. Como os apóstolos eram considerados pescadores de homens, a simbologia está ligada à missão evangelizadora dos apóstolos, com Pedro à frente.
O anel costuma ser de ouro e ter o desenho do apóstolo, símbolo de sua autoridade espiritual. No caso do papa argentino a tradição foi quebrada, pois a preferência foi por uma joia de prata em vez de ouro e sem a imagem de São Pedro, substituída por uma cruz simples.
Já o papa Bento XVI usou o anel do pescador tradicional, feito de ouro e com a imagem talhada de São Pedro. Após sua renúncia, o anel recebeu uma marca em forma de cruz e não foi destruído, de acordo com o então porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.