A Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central nesta quinta-feira (26) sobre a cotação do dólar depois que o Google exibiu o valor errado nesta quarta-feira (25) de Natal.
Após permanecer durante a maior parte do dia com a cotação errada, o valor do dólar foi retirado do site de busca do Google. A assessoria de imprensa do Google no Brasil informou que o link foi retirado "por ora".
A plataforma chegou a informar o valor de negociação do dólar a R$ 6,36. Mas o mercado de compra e venda de dólares não operou na terça-feira (24) e na quarta (25), em razão do Natal, fechando no dia 23 de dezembro, com a moeda cotada a R$ 6,18.
O AGU informou, por meio de nota, que quer reunir subsídios para eventual atuação relacionada à possível informação incorreta. A intenção é acionar juridicamente a plataforma.
O maior valor nominal do dólar em relação ao real foi atingido na quarta-feira da semana passada (18), quando a moeda foi negociada a R$ 6,267, quase R$ 0,10 abaixo da exibida pelo Google nesta quarta.
Esta não é a primeira vez que o buscador informa uma cotação errada, mas o caso agora chama mais a atenção porque nesta quarta os mercados estão fechados.
Procurado, o Google no Brasil respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que os dados em tempo real exibidos na busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros.
"Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações", adiantou a plataforma. A empresa acrescentou que as informações sobre suas fontes de dados podem ser encontradas aqui.
O Banco Central entregará os dados solicitados pela AGU a partir desta quinta
Procurada, a assessoria de imprensa do Banco Central não quis comentar a situação.
O mercado cambial tem passado por momentos de muita volatilidade desde o início do ano por vários motivos. Um deles é a saída significativa de recursos, como revela semanalmente o BC por meio das operações de dólar contratado. As remessas costumam ser maiores no último mês de todos os anos, mas, em 2024, recordes vêm sendo batidos. Para prover liquidez ao mercado, o BC vem ofertando moeda em valores atípicos para o período.