O IPCA-15, conhecido como prévia da inflação, ficou em 0,21% em outubro, 0,14 ponto percentual menor que a de setembro, quando variou 0,35%. O resultado foi influenciado pela alta nos preços das passagens aéreas, que subiram 23,75% e tiveram o maior impacto individual (0,16 ponto percentual) no índice, divulgado nesta quinta-feira (26) pelo IBGE.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses é de 5,05%, acima dos 5,00% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Entre os grupos pesquisados, sete tiveram alta, com a maior variação (0,78%) e o maior impacto registrados por Transportes pelo segundo mês consecutivo. Além da passagem aérea, transporte por aplicativo (5,64%) e emplacamento e licença (1,64%) registraram altas. A inflação do táxi (0,31%) decorre do reajuste de 20,00% em Porto Alegre (3,59%), a partir de 9 de outubro.
Já o item combustíveis teve queda de 0,44%, com registro de recuo nos preços nos subitens gasolina (-0,56%), etanol (-0,27%) e gás veicular (-0,27%). Dentro deste item, apenas óleo diesel (1,55%) registrou alta.
Entre os grupos que apresentaram queda, a influência mais relevante foi de Alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.), que recuaram pelo quinto mês consecutivo no IPCA-15. O subgrupo alimentação no domicílio, com recuo de 0,52%, mostrou desaceleração ante o mês anterior (-1,25%) e impactou no resultado do grupo. Entre os subitens, destacam-se as quedas do leite longa vida (-6,44%), a principal do IPCA-15 de outubro, além do recuo nos preços do feijão-carioca (-5,31%), do ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). Já o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço no mês.
Mais sobre a pesquisa
Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA (inflação oficial), a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 15 de setembro a 13 de outubro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de agosto a 14 de setembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
*Com informações da Agência IBGE Notícias.