
Após o reajuste nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras a partir desta sexta-feira (11), entidades que representam o setor do transporte intermunicipal de passageiros buscam alternativas para tentar amenizar os efeitos do aumento. Nesta tarde, a Associação Rio-Grandense de Transporte Intermunicipal (RTI) publicou uma nota alertando para uma "possibilidade de colapso e paralisação do sistema de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros no longo curso".
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o superintendente da RTI, Jefferson Lara, afirmou que a entidade pretende buscar subsídios junto ao governo do Estado para evitar que o reajuste de 25% do diesel seja repassado aos usuários.
— A consequência do aumento das tarifas é a perda de clientes. O que se estamos estudando é a questão de subsídios para evitar aumentar a tarifa. O nosso receio é que esse aumento seja tão significativo que afugentemos o passageiro — disse Lara.
O superintendente afirmou que há uma reunião agendada para a segunda-feira (14) com o secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, para discutir o tema. O secretário confirmou que recebeu o contato da RTI para agendar o encontro e que deve esperar até a segunda-feira para receber as reivindicações.
Lara destaca que a pandemia já vinha castigando o setor, que precisou reduzir o número de linhas circulando entre os municípios gaúchos. Contudo, ele frisa que todas as 497 cidades gaúchas seguem contando com atendimento.
Outro ponto destacado por Lara é a gratuidade no transporte intermunicipal. O texto publicado pela RTI reforça que "o setor não mais sobreviverá com política de gratuidade que, na prática, apenas onera o passageiro pagante".