A diferença de rendimento entre mulheres e homens aumentou no ano passado, mostra a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), apresentado na manhã de quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação de Economia e Estatísticas (FEE) do Estado.
O ganho médio real dos ocupados cresceu de 0,6% no ano passado, puxado principalmente pela força de trabalho masculina (1,4%), cujo valor monetário chegou a R$ 1.776, enquanto o feminino ficou relativamente estável (+0,1), situando-se em R$ 1.313.
Essa diferença nos índices de crescimento trouxe um aumento da desigualdade de renda entre os sexos: o rendimento médio real feminino, que em 2011 equivalia a 74,9% do rendimento auferido pelos homens, passou a representar 73,9% dos ganhos masculinos em 2012.
Por outro lado, no ano passado a ocupação cresceu apenas para a força de trabalho feminina (14 mil ocupadas a mais), reduzindo o contingente de desempregadas. A redução do desemprego verificou-se tanto entre as mulheres como entre os homens, mas apresentou um decréscimo maior entre as mulheres.
A taxa de desemprego diminuiu 0,5 ponto percentual para o sexo feminino, passando de 8,7% da População Economicamente Ativa (PEA) feminina para 8,2% entre 2011 e 2012. No período em questão, também a taxa de desemprego masculina diminuiu, porém em menor medida (-0,2 ponto percentual), passando de 6,2% da PEA masculina em 2011 para 6,0% em 2012.