Ela tinha o rosto coberto por sardas, especialmente no nariz e nas bochechas. Contou que, quando era criança, a garotada do colégio pegava muito no pé dela — naquela época, ainda não se falava em bullying. Cresceu odiando ser chamada de sardenta. Eu disse a ela para não se estressar, as sardas davam a ela um ar juvenil, e quer saber? "Eu nem tinha reparado que você tinha sardas antes de você comentar". Ela começou a rir. "Claro que você não reparou, por que acha que uso o cabelo verde?".
Mascarando
Martha Medeiros: "Será que privilegiamos algo na nossa aparência a fim de camuflar outro?"
É a velha história: enquanto um lado fica iluminado, o outro permanece convenientemente na sombra
Martha Medeiros
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