Os irmãos Ethan e Joel Coen já falaram bastante, com propriedade, sobre o pesadelo americano – e os grandes personagens à sombra da mitologia que costuma cultuar apenas os chamados vencedores. Quando estenderam essa reflexão aos bastidores do cinema, em Barton Fink (1991), retrataram Hollywood como um verdadeiro sepulcro da criatividade artística. Em Ave, César!, seu 17º longa, eles mudaram um tantinho o tom, exercitando um humor mais leve, semelhante ao de Arizona Nunca Mais (1987) e Queime Depois de Ler (2008). Como neste último, no entanto, há comentários incisivos contidos em sua visão escrachada da indústria.
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