Quase 20 anos após seu nascimento, a editora Cosac Naify chega ao fim por decisão de seu fundador, o editor Charles Cosac. Ele comunicou seu fechamento em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.
Cosac comunicou nesta segunda-feira, sua decisão aos funcionários da empresa, após conversar com seu sócio, o empresário norte-americano Michael Naify, que apoiou sua iniciativa. Em situação deficitária pelo alto investimento que demandam seus projetos editoriais, alguns com produção gráfica sofisticada e sem garantia de retorno financeiro, a Cosac Naify tentou, segundo seu fundador, criar fórmulas que cobrissem os prejuízos dessas edições especiais, mas a situação do mercado não ajudou.
De acordo com o diretor financeiro da editora, Dione Oliveira, apesar do anúncio, ainda não há uma data exata para o encerramento das atividades.
- A Cosac Naify vai honrar seus compromissos com clientes e fornecedores. Se houver livros selecionados nos editais do governo, eles serão entregues - afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Com 1.600 títulos no catálogo, de clássicos como Tolstoi a monografias de artistas, passando por romancistas estrangeiros como Enrique Vila-Matas e Valter Hugo Mãe, a Cosac Naify surgiu como editora com o livro Barroco de Lírios, de Tunga, e vai encerrar sua história também com um livro do artista pernambucano, ainda em preparo.
*Com agências