Após décadas negando rumores de rixas, Ivete Sangalo e Claudia Leitte pararam de se seguir nas redes sociais. A baiana manifestou apoio a uma crítica indireta à Claudia por mudar nomes de caráter religioso em letras de música.
Em dezembro do ano passado, Claudia voltou a ser criticada após substituir, mais uma vez, o nome de Iemanjá na canção Caranguejo.
Durante um show em Salvador, ela cantou: "Saudando meu rei Yeshua" (Jesus em hebraico), no lugar de "Saudando a rainha Iemanjá".
Na época, Pedro Tourinho, Secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, fez uma publicação no Instagram que não cita o nome de Claudia, mas faz referência a momentos em que artistas de axé substituem citações sobre orixás por trechos cristãos. Desde a sua conversão ao evangelismo, em 2014, a cantora já alterou letras de músicas.
Entenda o caso
Ivete Sangalo curtiu a publicação e chegou a comentar, mas Tourinho desativou a função após a repercussão negativa que recebeu.
Para o secretário, a prática pode ser classificada como racismo: "Quando um artista faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo", escreveu Tourinho na ocasião.
Ele também reconheceu as origens do Axé Music e a relação do gênero com a cultura negra: "Axé é uma palavra de origem yorubá, que tem um significado e um valor insubstituível na cultura e nos cultos de matriz africana. Deste mesmo lugar vêm os toques de percussão que dão identidade à Axé Music."
Segundo a revista Quem, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) também se manifestou na época, declarando que iria investigar se a cantora realmente teria praticado racismo religioso.