O rapper Gabriel, O Pensador, comentou no programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira (25), sobre o vídeo que postou nas redes sociais falando sobre ansiedade, cultura do cancelamento e ódio. Com a publicação, o rapper atingiu cerca de 5 milhões de visualizações, gerando identificação com o público.
Na postagem, ele revela a luta contra a ansiedade e avalia que a saúde mental das pessoas está cada vez mais afetada pelos conflitos.
O artista lembrou de divergências relacionadas à política que são capazes de dividir famílias. De acordo com ele, a tendência para discussões e desentendimentos é ampliada pela ausência de empatia com o próximo.
— Isso para mim é o mais triste, é ver o cara repetindo palavras de ódio e aí, eu repito, pode ser de esquerda ou direita, mas me incomoda muito ver o brasileiro ser tão idiota de acreditar nos políticos que depois vão lá e fazem as alianças que eles querem e continuam roubando — afirmou, lembrando que as pessoas não estão dispostas a ouvir o outro, só querem colocar mais lenha na fogueira.
— Eu fiquei muito decepcionado mais recentemente, e até antes das eleições presidenciais já vim tocando nesse tema, tentando ver se a galera abria um pouco o olho porque as pessoas não querem ter sequer uma defesa lógica de seus argumentos, só querem repetir um chavão e quem não concorda, f**a-se — afirma.
Gabriel conta que os assuntos da publicação já vinham surgindo na sua vida cotidiana, por meio de relatos de conhecidos e pela ansiedade que o próprio rapper sofre. Ele afirma que a manifestação tinha a intenção de ser apenas para os seguidores e não imaginava as proporções que tomaria.
— As pessoas me dão muita força quando eu demonstro alguma fraqueza. Aconteceu muito no ano passado quando meu pai faleceu em abril, e eu falo sobre isso mesmo.
O rapper completa afirmando que tenta colocar em prática as ideias em que acredita e dá uma dica para quem ainda sente dificuldade em entender a conversa que fala de empatia e respeito ao próximo:
— Eu acredito na mudança da sociedade, das relações humanas, através da transformação da mente de cada indivíduo, e a gente fala "mente" mas é o coração também. Então a gente pode buscar a paz de espírito, uma consciência mais justa, dentro de nós primeiro, antes de cobrar isso do mundo.
Ele encerra comentando que alguns seguidores o questionaram se as pessoas deveriam tolerar discursos fascistas e de ódio. Ele respondeu que a mensagem dele é para que as pessoas não tolerem este tipo de absurdo, mas também não ataquem o próximo por conta de opiniões políticas, por torcida de futebol ou participação no Big Brother Brasil.