Não foi só no Brasil que a estatueta para Ainda Estou Aqui na disputa do Oscar de melhor filme internacional causou comoção. Os apresentadores Ricardo Casares e Javier Ibarreche, da TV Azteca, dançaram e cantaram quando aconteceu o anúncio pela atriz Penélope Cruz.
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— É uma história tocada com respeito, tocada com uma classe da parte do seu diretor, o senhor Walter Salles, que entre outras coisas dirigiu Diários de Motocicleta, um cineasta que tem o seu momento. Que emoção. Não ganharam os maus! — disse Ricardo Casares, referindo-se ao filme Emília Perez.
Emilia Perez recebeu repúdio de críticos e jornalistas mexicanos, que acusaram o diretor francês Jacques Audiard de banalizar o drama da violência e estereotipar o país.
"'Emilia Pérez' é tudo de ruim em um filme: estereótipos, ignorância, falta de respeito, lucro em cima de uma das crises humanitárias mais graves do mundo (desaparecimentos no México). Ofensivo. Frívolo", disse no X Cecilia Gonzáles, jornalista mexicana.
— Tudo parece inverossímil, principalmente em um tema tão importante para os mexicanos — disse o diretor de fotografia Rodrigo Prieto em entrevista ao programa Deadline.
— É um dos filmes mais grosseiros e enganosos do século 21 — criticou o escritor Jorge Volpi.