A vida ficou melhor sem o horário de verão. Antes, quando o dia demorava demais para terminar, a transição era abrupta. Mal o sol se punha, já era tarde da noite. Agora, ganhamos de volta a magia do entardecer com calma, das primeiras horas de temperaturas mais baixas, daqueles minutos em que a gente senta e curte, sem olhar para o relógio, a luz ficando mais suave.
Isso tudo, ainda por cima, com dias mais longos. Depois das 20h, o dia, que começou 14 horas antes, já está até cansado. Sofrem menos os que acordam cedo. Ninguém perde o ônibus, o avião ou a hora do médico porque esqueceu de arrumar o relógio, que agora não precisa mais ser adiantado no carro e em outros dispositivos ainda não automáticos, para depois fazer tudo de novo, ao contrário.
Tem também o respeito ao ciclo da natureza. Fome, sono, digestão, trabalho, estudo e descanso não são afetados. Acertou em cheio o presidente Bolsonaro ao terminar com o horário de verão. Economizar energia é importante, mas não desse jeito, na marra. Só a consciência de que precisamos viver de forma mais racional será capaz de gerar resultados sustentáveis.
Aproveite o tempo ganho entre o pôr do sol e a janta para pensar nisso. E no que mais quiser.
