
Passou quase despercebido um movimento significativo na Assembleia gaúcha. O PT votou a favor da prorrogação do ICMS, apoiando a iniciativa do futuro governador Eduardo Leite, do PSDB.
Há duas leituras diferentes e não necessariamente antagônicas para o fato. A primeira é que tanto Leite quanto o Partido dos Trabalhadores encontraram, nessa época de transição, o tom certo do diálogo, sem radicalismos e pensando seriamente no presente e no futuro do Estado.
A segunda leitura é que o PT, ao apoiar uma iniciativa de Leite mesmo antes da posse, adquiriu uma espécie de vacina. Daqui pra frente, não poderá ser acusado, por um bom tempo, de fazer uma oposição violenta e inconsequente.
O projeto do ICMS foi o primeiro. Outros, mais decisivos para o governo e para o RS, virão logo ali. A retirada da obrigatoriedade de plebiscito para vender ou federalizar estatais é um deles. Aí saberemos qual das hipóteses citadas acima se afirmará como preponderante.