Acompanho o Judiciário gaúcho há mais de 20 anos. Vejo, com pesar, o poder se distanciando da realidade ao seu redor. Na década de 90, assisti de perto como o Tribunal de Justiça do Estado, através de um dos seus grandes presidentes, desembargador José Barison, entendeu que era fundamental botar abaixo a torre de marfim e conversar com a sociedade, de forma clara e direta.
O que vejo agora é um retrocesso institucional. Na condição de admirador da Justiça gaúcha, a melhor do Brasil, tenho o dever de opinar. Independência orçamentária é uma conquista da sociedade, não dos magistrados. Ainda dá tempo de olhar pra fora. E entender que o dano está sendo plantado. Se não houver uma correção urgente de rumo, a imagem do Judiciário gaúcho ficará comprometida.
Isso não é bom para ninguém.
ESCOLHA DE SOFIA 1
O presidente Michel Temer tem duas opções:
Ou mexe agora no seu governo. Ou espera que a Lava-Jato faça a devastação. E, aí, talvez seja tarde demais. Vale a pena repetir: a única coisa que Temer não pode alegar é surpresa.
As recentes delações premiadas causarão um tsunami em Brasília.
ESCOLHA DE SOFIA 2
Se Temer mexer agora no seu governo, corre o risco de perder apoio no Congresso. E ver seu projeto naufragar. Teria de apostar numa interlocução direta com a sociedade. Difícil, para um presidente que nem sequer se sente confortável para viajar pelo país.
Se esperar pela Lava-Jato, Temer corre o risco de ser arrastado junto, mesmo que nada conste contra ele. Seriam poucas as opções para o país.
ESCOLHA DE SOFIA 3
Tensão. É a palavra que melhor define o sentimento predominante no Palácio do Planalto. E no Congresso.
EM PAUTA
"Riscos do poder" é o tema do 8º Colóquio do Fórum da Liberdade, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais. Quem vem ao Sheraton no dia 28 para debater o assunto é Luiz Felipe Pondé, que aproveita para lançar o livro Filosofia para corajosos.
A partir das 19h.
PINDAÍBA
Não é só Sebastião Melo que ficou com contas a pagar na campanha.
O fenômeno se repete pelo Interior.
NO AR
Até o Papai Noel marcará presença amanhã, na Base Aérea de Canoas. Ainda não é Natal, mas a Esquadrilha da Fumaça se apresenta às 16h.
Voos, exposições, brinquedos infláveis e food trucks completam a programação, que se estende das 10h às 17h.
NA GARAGEM
Presidentes americanos podem quase tudo. Mas não podem dirigir automóveis. A medida é para protegê-los de ferimentos e de processos em eventuais acidentes.
Azar de Donald Trump. Ele tem uma respeitável coleção de carros. Entre eles: um Mercedes-Benz SLR McLaren 2003, um Rolls-Royce Silver Cloud 1956 e um Chevy Camaro Indy 500 Pace Car.
Pobre presidente rico.
A luta continua. Donald Trump respondeu ontem, pelo Twitter, a afirmação de Hillary Clinton. Ela creditou a vitória republicana ao diretor do FBI, que reabriu a investigação sobre e-mails ilegais às vésperas da votação.