
Está confirmado para esta terça-feira (29) o anúncio do casamento entre o PSDB e o Podemos, uma união destinada a evitar que os dois sejam extintos em 2026, por não ultrapassarem a cláusula de barreira. Os presidentes do PSDB, Marconi Perillo, e do Podemos, Renata Abreu, anunciarão a fusão em um ato às 15h, no Salão Nobre da Câmara.
Principal líder do PSDB no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite não acompanhará os tucanos. Nos próximos dias, Leite anunciará a filiação ao PSD, partido que mais cresceu na eleição de 2022, mesmo sabendo que não é o único pretendente ao Planalto.
Quando o convidou, Gilberto Kassab disse que o PSD terá dois pré-candidatos à Presidência — ele e o governador do Paraná, Ratinho Júnior. Em tese, quem mostrar que tem maior potencial será ungido candidato. Leite acredita que ao definir seu destino partidário terá como falar mais abertamente sobre a disposição de disputar a Presidência com um discurso de centro.
Ele está convencido de que a maioria da população cansou da polarização e que há espaço para um candidato moderado, que aponte caminhos para o Brasil sair da crise.
Nada é certo, neste momento. A um ano e meio da eleição, o PSD participa do governo Lula e o próprio Kassab é secretário do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, do Republicanos. Kassab joga com o tempo e com a força do PSD no Brasil para decidir se apoiará um ou outro candidato ou se optará por um caminho próprio.
O certo é que Leite renunciará ao governo do Rio Grande do Sul no início de abril, deixando para o vice-governador Gabriel Souza (MDB) a tarefa de concluir o mandato e ser o candidato da situação ao Piratini. Se não for candidato a presidente, o governador deverá concorrer ao Senado, mas sua preferência é por disputar a eleição presidencial.