
Escolhido pelo governador Eduardo Leite para comandar a Secretaria da Cultura, o deputado Eduardo Loureiro (PDT) não planeja ruptura na política que vem sendo conduzida por Bia Araújo desde 2019. Nem mesmo os dirigentes de órgãos vinculados à Cultura, como a Fundação Teatro São Pedro e a Casa de Cultura Mario Quintana serão trocados. Só sairão dos cargos se quiserem.
Loureiro ficará menos de um ano no cargo, porque será candidato na eleição de outubro de 2026 e terá de se afastar Executivo seis meses antes. Até por isso, não faria sentido mexer no time que está integrado, ganhando o jogo.
O futuro secretário terá a tarefa primordial de organizar as comemorações dos 400 anos da Missões Jesuíticas, um tema que conhece bem, por ser missioneiro e por já ter sido prefeito de Santo Ângelo.
_ Daremos efetividade não somente às celebrações, mas ao programa de desenvolvimento dos 400 Anos das Missões, que dialoga com diversos setores, perpassa áreas importantes do governo e transcende questões geográficas. Um marco para o Rio Grande do Sul - disse Loureiro à coluna.
Em linhas gerais, Loureiro diz que seu maior compromisso é “reafirmar a identidade cultural do Rio Grande do Sul”:
- Valorizaremos a diversidade artística que é ampla e expressiva, através de mecanismos de fomento que serão mantidos e ampliados. Daremos atenção especial à preservação do patrimônio histórico, à memória cultural e à valorização dos equipamentos e espaços de cultura.
Os programas já consolidados terão continuidade, garante Loureiro, “em diálogo permanente com os agentes culturais e a sociedade”. Nos seus planos está a ampliação do alcance das políticas públicas, buscando maior inclusão e acesso à cultura.
- Sem rupturas, mas elevando a atenção para temas importantes como a cultura gaúcha e os processos de fomento ao trabalho continuado - esclarece.
Loureiro tranquiliza a comunidade cultural com a garantia de que a descentralização de recursos e a continuidade dos editais de fomento seguirão priorizadas, com novos mecanismos e oportunidades para promover a efetiva participação dos gaúchos nos programas do Estado.
- É fundamental observar na cultura um vetor de desenvolvimento social e econômico, impulsionando o turismo, gerando empregos e oportunidades, e promovendo o crescimento sustentável do nosso Estado. Também a Cultura deve ser um parceiro permanente da Educação, contribuindo para a integralização do Ensino - completa o secretário.