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As demonstrações de arrogância, prepotência e desprezo pelos outros países demonstradas por Donald Trump em seus primeiros 40 dias de governo não contribuíram para aumentar sua popularidade entre os americanos. A pesquisa mais recente, realizada pela Atlas Intel, mostra que metade dos entrevistados aprova o governo Trump e a outra metade desaprova. Considerada a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, o percentual de 50,3% que aprova o governo contra 49,7% que o reprovam significa empate técnico.
Os números se mantêm estáveis em relação à rodada anterior, feita pelo instituto em 25 de janeiro, cinco dias após a posse, o que é uma má notícia para o senhor do raio e do trovão. Nesses 40 dias de medidas radicais, Trump não conseguiu conquistar simpatia dos que não votaram nele. E, pelas manifestações de muitos republicanos, até eles estão assustados com a atuação do presidente e do seu braço direito, Elon Musk.
A pesquisa foi realizada entre 24 e 27 de fevereiro e, portanto, não captou o efeito do da discussão com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, no Salão Oval da Casa Branca. Naquilo que parece ter sido uma armadilha para constranger Zelensky, com a transmissão da audiência que teve a presença do vice-presidente J.D. Vance, Trump se mostra grosseiro, com um comportamento que não combina com a figura de presidente dos Estados Unidos. Zelensky, de fato, não está em condições de exigir nada, mas assim mesmo enfrentou Trump e Vance e saiu humilhado da Casa Branca.
Vídeo sobre Gaza foi ato infame
De todas as patacoadas do presidente que governa pelas redes sociais, nenhuma foi mais infame do que o vídeo sobre a Gaza do futuro, o que pode ter impactado na avaliação negativa quando a pergunta é sobre a atuação do presidente. Para 47,4%, a performance do chefe do Executivo é ruim ou péssima. Em contraste, 46,3% a avaliam como boa ou excelente. Outros 6,2% a consideram regular, e 0,1% não souberam responder.
No vídeo, Trump mostra a foto de uma criança em meio aos escombros e, depois, um vídeo do que seria a riviera do Oriente Médio, com estátua dourada dele, hotéis de luxo e imagens de Musk jogando dinheiro para crianças.