
Eram favas contadas que a federação PSDB-Cidadania não seria renovada em 2026. Neste fim de semana, o diretório nacional do Cidadania bateu o martelo, porque o casamento não deu certo, mas o divórcio só pode ocorrer ao fim de quatro anos. Nesse quadro, a pergunta que interessa aos gaúchos é para onde vai a deputada federal Any Ortiz, única líder de expressão do partido no Estado.
Nem Any sabe. A deputada diz que tem recebido convites de diferentes partidos, como PP, MDB, PSD, Republicanos e Novo. Antes de decidir seu futuro, ela quer conversar com os demais integrantes do Cidadania para ver se é possível tomarem um caminho conjunto.
O projeto original de Any é disputar a reeleição, mas ela admite concorrer a governadora, até por constatar que há falta de líderes e que, diferentemente de eleições anteriores, nenhum partido tem candidato natural. Diz que gostaria de disputar o Piratini, mas depende do partido ao qual se filiar.
— Sei que os partidos têm suas filas e respeito os que vieram antes, mas percebo que está havendo uma transição geracional. Como não tenho medo de ficar quatro anos sem mandato, posso arriscar.
Autora da lei que acabou com a pensão para os ex-governadores, Any brinca que, se ela for candidata, os eleitores podem ter certeza de que nunca se preocupou em concorrer para ganhar aposentadoria.