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O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Com movimentos calculados, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), trabalha em silêncio para se cacifar como candidato a presidente em 2026.
Ratinho já recebeu garantias do mandachuva do PSD, Gilberto Kassab, de que a vaga será sua se quiser. No entanto, ciente de que Kassab mantém um pé em cada canoa e pode acabar desistindo da empreitada, almeja criar condições de, caso necessário, se viabilizar por outro partido.
Aliados garantem que ele mantém boa relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que abriria portas para ser o nome abençoado por ele em 2026. No Palácio Iguaçu, o comentário da vez é uma chapa liderada por Ratinho com Michelle Bolsonaro como vice.
Nesse cenário, o cálculo é de que seu perfil sereno seria suficiente para agradar o eleitorado conservador sem afugentar moderados.
Embora não seja conhecido nacionalmente, o governador detém um ativo que pode facilitar sua vida: o apoio do pai, apresentador de TV popular com capilaridade em todo o país, inclusive no Nordeste, que costuma ser o "calcanhar de Aquiles" de adversários do PT.
Por fim, poderá usar de vitrine os resultados positivos de sua gestão no Paraná. Com aprovação batendo nos 80%, e crescimento superior ao do Brasil na indústria, serviços e turismo, a gestão tem tocado obras em todas as regiões.
Nesta quinta-feira (13), Ratinho reuniu prefeitos em Foz do Iguaçu para apresentar um panorama do Estado e saiu festejado.