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Em resposta à nota da coluna sobre a provável escolha de Edegar Pretto como candidato de consenso para concorrer ao Palácio Piratini em 2026, pelo bom desempenho na eleição de 2022, o ex-prefeito de São Leopoldo Ary Vanazzi avisa que não aceitará imposições de cima para baixo. Prefeito por quatro mandatos, Vanazzi fala por ele e pelo grupo Articulação de Esquerda:
— Nós temos uma visão distinta do que vem sendo anunciado na imprensa. Não há indicativo de consenso quando esse não é construído com a base. Pelo contrário, estamos percorrendo o Rio Grande do Sul justamente para reaquecer o ânimo da militância e promover um amplo debate sobre os rumos do governo Lula, do nosso partido e sobre a escolha de uma nova direção partidária que esteja alinhada com essa sintonia.
Vanazzi diz que “os consensos impostos de cima para baixo não aproximam o partido da sua base social nem dos princípios que defende:
— Precisamos reencantar nossos filiados, fortalecer o debate interno e, acima de tudo, garantir que nosso partido esteja conectado com os anseios do povo. Nossa referência é a gestão do companheiro Olívio Dutra, que soube unir participação popular e compromisso com as mudanças que acreditamos.
O ex-prefeito quer ser candidato. Se for preciso, disputará uma prévia com Pretto, mas diz que agora não é o momento de discutir nomes. Sem mandato, ele tem condições de percorrer o Estado em pré-campanha, coisa que Pretto não pode fazer porque é presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e precisa trabalhar.
Quando fala em “consenso de cima para baixo”, Vanazzi está se referindo à preferência demonstrada por Lula pelas candidaturas de Pretto ao Piratini e de Paulo Pimenta ao Senado.