Antes da cerimônia de anúncio de investimentos no Polo Petroquímico de Triunfo, nesta sexta-feira (17), o vice-presidente Geraldo Alckmin estava numa rodinha de conversa com o governador Eduardo Leite e com os executivos de algumas empresas quando avistou o presidente da Fiergs, Cláudio Bier. Alckmin interrompeu a conversa, foi até Bier e puxou-o pela mão para junto do grupo.
Os dois são amigos desde 2006, quando Alckmin foi candidato a presidente da República pela primeira vez e visitou a Expointer, em Esteio. Bier aproveitou a vinda do vice-presidente a Triunfo para fazer um pedido em nome do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Bier apelou a Alckmin para que ajude a defender a criação de um fundo constitucional para a Região Sul, como têm o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste. Alckmin disse que os gaúchos podem contar com ele no que puder ajudar, mas todos sabem que esse pleito dificilmente será atendido.
Bier usou o mesmo argumento que tem sido usado pelo governador Eduardo Leite: que o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste têm fundos constitucionais para financiar o desenvolvimento e o Sudeste recebe elevado volume de recursos dos royalties do petróleo.
Bier espera que, na reforma ministerial, Alckmin continue no Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, por considerá-lo um amigo da indústria, um homem sensível às dores do setor produtivo.
Bandeira branca
Um dos parlamentares convidados a falar no anúncio de investimentos viabilizado pela política de incentivo fiscal do governo federal foi o senador Luis Carlos Heinze (PP).
Em dias de fúria de parte da oposição em relação ao governo Lula, Heinze deu exemplo de civilidade. Ao concluir, reconheceu o papel do vice-presidente Geraldo Alckmin, a quem chamou de "presidente":
– Parabéns, presidente. Obrigado, presidente.