As reclamações do governador Eduardo Leite, do vice, Gabriel Souza, e de secretários de Estado sobre os vetos do presidente Lula a emendas incluídas no projeto que trata da renegociação das dívidas dos Estados tiveram eco. Na manhã desta terça-feira (21), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, ligou para o governador Eduardo Leite e abiu um canal de negociação em relação à demanda do Rio Grande do Sul, de não precisar depositar R$ 5 bilhões no fundo que vai compensar Estados que estão com as contas em dia.
Leite tem reclamado que não adianta o governo suspender o pagamento da dívida por três anos, o que significará R$ 14 bilhões para obras de reconstrução, e com a outra mão tirar R$ 5 bilhões. O secretário de Comunicação do governo do Estado, Caio Tomazeli, confia que será encontrada uma solução via interpretação do enquadramento do Rio Grande do Sul em diferentes leis — a do regime de recuperação fiscal, a da suspensão do pagamento por causa da enchente e a que criou o Propag, programa de renegociação das dívidas.
Na próxima semana, Rui Costa virá ao Rio Grande do Sul e terá encontro com Leite para tratar da dívida. O governo gaúcho quer aderir à negociação que altera o índice de correção, e portanto, reduz as parcelas futuras, mas sem abrir mão de R$ 5 bilhões para o fundo. De acordo com o governador, os Estados beneficiados com esse fundo concordaram que o Rio Grande do Sul vive uma situação especialíssima e estão dispostos a abrir mão desse dinheiro.