Recebidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, nesta quarta-feira (24), um grupo de senadores fez valer a máxima de que "o choro é livre". Ou que pedir não ofende.
O líder da oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), pediu a Barroso nada menos do que o afastamento do ministro Alexandre de Moraes da condução dos inquéritos que envolvem os ataques do 8 de Janeiro.
Como se os ataques às instituições não tivessem sido políticos, Marinho, segundo suas próprias palavras, expressou preocupação com "o tom político de Moraes" sobre o movimento.
— Conversamos sobre a questão do Jordy e dos inquéritos sem fim, pedindo sua intermediação para que acabem e o país possa respirar — disse à coluna o senador Hamilton Mourão (Republicanos), que participou da audiência ao lado de Izalci Lucas (PSDB-DF) e Márcio Bittar (União Brasil-AC).
Mourão se refere à mais recente fase da Operação Lesa Pátria, que fez buscas no gabinete do deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
— Temos uma preocupação muito especial com o que aconteceu com Carlos Jordy. Para nós, independente do mérito, o mais preocupante é a forma. A maneira como está acontecendo vai na contramão do que determina a Constituição — disse Marinho.
Os senadores também protestaram contra o que chamaram de "inquérito sem fim" das fake news, que está completando cinco anos.