O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Com o apoio de nove líderes partidários da Assembleia, o deputado estadual Miguel Rossetto (PT) entregou nesta quarta-feira (28) ao presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB), uma carta pedindo a redução da taxa básica de juro do Brasil. O documento pede aos senadores para que façam pressão sobre o Banco Central pela queda da Selic.
"Não existe justificativa técnica para que o Brasil sustente a maior taxa de juros real do mundo. É disto que estamos falando. Toda a atividade econômica é afetada duramente, a indústria, a agropecuária, os serviços, os investimentos futuros. Com juros altos, esses investimentos se tornam menos viáveis", diz um trecho da carta assinada por líderes das bancadas do PT, PCdoB, PSOL, PDT, União Brasil, PTB, PSD, MDB e PSB.
Nesta quarta-feira, em Lisboa, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizou que o Congresso irá ampliar a pressão sobre o Banco Central. Pacheco afirmou que o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, será chamado a comparecer à Casa para prestar contas e dar explicações sobre a taxa de juro. Isso deve ocorrer em agosto.
— Esperamos que as taxas de juros comecem a cair, para se somar aos fatores positivos da economia, termos mais crescimento, mais empregos e mais inclusão social — afirmou Pacheco.
Contraponto
Em contraponto ao manifesto entregue por Rossetto, deputados do Novo, Podemos, PSDB, PP, PL e Republicanos assinaram outro documento "em defesa da autonomia" do Banco Central. Os parlamentares alegam que o ajuste fiscal é o caminho para a queda da Selic.