Em um incomum rompante de bom senso, os líderes partidários no Senado informaram nesta quinta-feira que o reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovado pela Câmara e em tramitação na Casa, foi para o fim da fila de prioridades legislativas dos próximos meses. O aumento do subsídio dos magistrados, que saltaria de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, provocaria um efeito cascata de grandes dimensões nas contas dos Estados, já com as finanças combalidas. Além disso, conceder elevação salarial àqueles que estão no topo das carreiras do funcionalismo público em meio a um momento de crise econômica vai na contramão do discurso de austeridade apregoado pelo governo interino de Michel Temer.
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Política
Senado coloca reajuste de ministros do Supremo em banho-maria
Líderes da Casa afastam possibilidade de votar aumento salarial nos próximos meses
Juliano Rodrigues
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