
Empolgada com seu desempenho nas pesquisas sobre a eleição de 2026, a ex-deputada Juliana Brizola disse à coluna que o PDT não abre mão de ser protagonista em 2026. Contrariando o presidente estadual do partido, Romildo Bolzan, e em sintonia com o ministro Carlos Lupi, Juliana sustenta que o PDT nunca foi chamado para conversar sobre uma aliança na próxima eleição para tentar manter o projeto do governo Leite.
— O PDT sequer sentou nessa mesa. Queremos conversar com todas as forças políticas do espectro democrático. Minha pré-candidatura, assim como a de Gabriel Souza, não inviabiliza um acordo mais adiante.
Segundo Juliana, quando a base do PDT lançou seu nome no encontro regional em São Leopoldo, com faixas e cartazes, “ninguém se opôs”:
— Pelo contrário, os discursos foram unânimes na defesa da minha pré-candidatura. E não foi só a Juventude do PDT, não.
As reuniões regionais com a base seguirão até 21 de junho, quando haverá o encontro principal, em São Borja. A próxima deve ocorrer na região de Passo Fundo, mas ainda não tem data definida.
Ainda segundo Juliana, o convite ao deputado Eduardo Loureiro para ser secretário da Cultura não está condicionado a futuro apoio do PDT a Gabriel Souza:
— Essa secretaria nunca foi vinculada. O PDT recebeu o convite para ampliar sua participação no governo e indicou Loureiro.
Entre os tucanos, a indicação é considerada uma “bola nas costas”. Um dos deputados diz que não tem sentido dar mais uma secretaria para o PDT e desorganizar o projeto de sucessão de Leite, que passa pela candidatura de Gabriel. Como é provável que o governador renuncie, o vice assumirá no início de abril e não poderá concorrer a outro cargo que não seja o de governador, já que estará no exercício do cargo.
Juliana reconhece que é imperativo para o PDT conquistar a terceira cadeira na Câmara, para escapar da cláusula de barreira. Ela confirma que era pré-candidata a deputada até ser surpreendida pelo bom desempenho nas pesquisas e por apelos da base para que concorra ao governo.