
O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O resultado das eleições deste domingo (13) no Equador manteve o atual presidente, Daniel Noboa, à frente do país pelos próximos quatro anos. Com 56% dos votos, o candidato de direita derrotou Luisa González, de esquerda, que obteve 44% no pleito. O resultado marca a terceira derrota consecutiva do correísmo no país.
Apesar de não ser candidato, o ex-presidente Rafael Correa foi uma figura onipresente na campanha. Ele governou o Equador por uma década, entre 2007 e 2017. Contudo, foi condenado a oito anos de prisão por corrupção e, atualmente, é considerado foragido da Justiça, vivendo exilado na Bélgica desde 2020.
A primeira derrota do correísmo ocorreu ainda em 2021, quando o ex-banqueiro Guillermo Lasso foi eleito presidente. O representante da direita conservadora derrotou o economista de esquerda Andrés Arauz, então visto como o herdeiro político de Correa.
Em 2023, após Lasso dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições antecipadas para evitar um impeachment por acusações de corrupção, o correísmo sofreu sua segunda derrota. Naquela ocasião, Noboa e González se enfrentaram pela primeira vez, com o pleito terminando em 51,83% contra 48,17% para a candidata de oposição. Noboa tornou-se então o presidente mais jovem da história do país.
Agora, em 2025, os dois adversários se enfrentaram novamente, consolidando a terceira derrota da linha política de Rafael Correa.
Nas redes sociais nesta segunda-feira (14), o ex-presidente alegou que houve uma "mega fraude" no segundo turno. Afirmou ainda que seu partido sempre aceitou os resultados eleitorais no passado, mas que, desta vez, não reconhece a vitória de Noboa. A candidata Luísa Gonzáles também não reconheceu o pleito.