O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Em 12 de janeiro de 2010, o Haiti sofria um dos seus mais devastadores terremotos, que ceifou a vida de cerca de 230 mil pessoas e deixou mais de 1 milhão de desabrigados. Ao todo, 21 brasileiros morreram, entre eles militares que participavam da missão de paz da ONU e a médica e criadora da Pastoral da Criança, doutora Zilda Arns.
Por volta das 16h53, o terremoto de 7,3 graus na escala Richter atingiu a capital, Porto Príncipe. Vários prédios, como o hospital e o palácio presidencial, desabaram. Cerca de 60% do sistema de saúde foi afetado.
O país, que conta com histórico de ditaduras corruptas, guerra civil, analfabetismo e extrema pobreza, ainda sofre atualmente com consequências do episódio.
— O país está muito pior do que antes. A cooperação internacional foi um fracasso. Agora em 2020, estão fazendo transições e mais transições e não se chega a uma democracia. As eleições no fim do ano estão em xeque — explicou o doutor em Relações Internacionais, Ricardo Seitenfus, especialista em Haiti.
Na época, mais de U$ 13 bilhões de ajuda humanitária foram prometidos pela comunidade internacional para a população, porém pouco chegou realmente ao país.
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