O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Após oito meses de atuação no Rio Grande do Sul, o Unicef, braço da ONU para a defesa de direitos e do bem-estar de crianças e adolescentes, encerrou etapas de suas atividades de atenção aos atingidos pela enchente nesta terça-feira (31). Entre as atividades, a entidade priorizou três focos: ações de suporte imediato, de médio prazo e de aprendizados, ou seja, de longo prazo.
Logo nas ações imediatas, havia mais de 800 abrigos espalhados pelo Estado e era preciso mapear crianças, adolescentes, mulheres grávidas que estavam deslocadas. Diante disso, o Unicef contribuiu para organizar um censo e avaliar as necessidades mais urgentes. Além disso, capacitou atores locais sobre limpeza e desinfecção, distribuiu kits de higiene, água e limpeza, kits para higiene dos bebês e de saúde menstrual.
Nas ações de médio prazo, o Unicef criou 33 "Espaços da Gurizada". Neles, cerca de 2,6 mil crianças passaram a participar de atividades lúdicas, educativas e de apoio psicossocial.
Já nas atividades de aprendizados, a entidade elenca que ficam dois grandes legados: o primeiro as estruturas físicas, incluindo alguns Espaços da Gurizada, que agora passam à gestão de ONGs ou do poder público. O segundo foi o conhecimento promovido pela entidade a líderes comunitários.