Apesar da fragilidade, o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, com todos os seus problemas e limitações, tem funcionado.
Com a libertação dos oito reféns nesta quinta-feira (30), já são, no total, 15 cativos que estavam nas masmorras de Gaza que conseguiram voltaram para suas casas. No primeiro grupo, libertado no domingo (19), eram três mulheres. No segundo, no sábado (25), outras quatro. Entre os oito de agora, estão o primeiro homem, Gadi Mozes, e a soldado Agam Berger, 20 anos, que Israel precisou exigir provas de vida ao Hamas ao longo da semana.
A cada libertação, há uma coreografia encenada pelos terroristas para demonstrar força - homens com máscaras e fuzil em punho. Em geral, os reféns são passados das mãos dos terroristas para a Cruz Vermelha, em meio a uma multidão. A confusão claramente colocam em risco a segurança dos cativos.
Em Gaza, milhares de civis palestinos estão retornando para o Norte, para o que sobrou de suas residências. Muitos encontram apenas escombros.
Libertar prisioneiros palestinos condenados por ataques em Israel traz um gosto amargo para muitos israelenses e o repúdio das alas mais conservadoras. Mas vale lembrar que esse é o acordo possível. Em uma região marcada pelo sangue, seu cumprimento, ao longo dessas duas semanas, já é algo a ser celebrado.