O policiamento foi reforçado no entorno do Hotel Brasil 21, que fica no complexo Meliá, onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está hospedado em Brasília. Não há presença de tropas de choque, ao contrário da noite anterior, mas o número de policiais aumentou em relação aos últimos dias.
Além de Lula, está hospedado no mesmo hotel o vice eleito, Geraldo Alckmin. O prédio fica a cerca de um quilômetro da sede da Polícia Federal (PF), que ativistas ligados ao presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir na segunda-feira (13). O tumulto teve início após a prisão de José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Serere, que vinha organizando protestos antidemocráticos. Sua detenção, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deflagrou uma onda de ataques pela área central de Brasília. Pelo menos dois ônibus foram incendiados.
Nesta terça-feira (13), a capital amanheceu com marcas do vandalismo nas principais vias. Um helicóptero da PM sobrevoava a região do prédio da PF. Cinco viaturas fazim a segurança no entorno. Era possível também observar pelo menos 15 policiais militares patrulhando a pé a região. A Secretaria de Segurança Pública informou que divulgará uma nota até o final da manhã com um balanço de ações de repressão. Até as 10h15min, não havia informações sobre prisões.
Havia marcas deixadas pelo fogo no asfalto, e lixeiras ainda pelo chão. As carcaças dos dois ônibus que foram incendiados já foram retiradas do Eixo Monumental. As vias do Eixo Monumental e a W3 Norte, epicentro dos confrontos entre ativistas e policiais, estavam com trânsito normalizado.