Após a coluna mostrar que um trecho da ciclovia da Ipiranga poderia desabar sobre o Dilúvio “em questão de meses” – nas palavras de um especialista em infraestrutura –, a prefeitura cobriu na tarde de quarta-feira (27) as rachaduras do piso com asfalto. Foi a solução encontrada para que a área não precisasse ficar interditada.
Mais cedo, o trecho havia sido isolado pela EPTC, mas a ideia não deu certo: ciclistas continuaram circulando sobre as grossas rachaduras, entre as ruas Múcio Teixeira e Getúlio Vargas. Segundo a EPTC, além dos cavaletes colocados sobre as fendas, outros dois haviam sido posicionados nas esquinas.
O objetivo era que as pessoas, quando avistassem o bloqueio, desistissem de seguir pela ciclovia – mas um dos cavaletes, conforme a EPTC, foi parar dentro do Arroio Dilúvio. E vários outros também foram retirados pelos ciclistas.
Segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, a nova camada asfáltica, apesar de paliativa, receberá a mesma pintura do restante da ciclovia. O laudo técnico, que deverá apontar uma solução definitiva para o problema, não tem previsão de ser concluído. Essa manutenção provisória, no entanto, deve garantir mais tempo de durabilidade à estrutura.
Na terça-feira (26), a coluna havia publicado entrevista com o engenheiro civil João Fortini Albano, especialista em obras de infraestrutura. Segundo ele, as fendas no piso da ciclovia vinham se alargando cada vez mais devido à ação de raízes de árvores situadas à margem do Dilúvio.
– Talvez não ocorra agora, mas é uma questão de meses para aquele ponto desbarrancar – havia dito Albano à coluna.