
O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, declarou que a Venezuela perderá o direito a voto no Mercosul em dezembro e indicou que, para Montevidéu, isso não implicará sua expulsão do bloco. Em tempo: o Uruguai ainda é o sócio do Mercosul que pega leve com os desmandos e o horror vividos na Venezuela.
- Para o Uruguai, a Venezuela vai deixar de ser membro com voto, porque não internalizou toda a normativa do Mercosul - disse Novoa.
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Em vídeo, o que vimos na Venezuela
Em agosto do ano passado, a Venezuela deveria ter assumido a presidência rotativa do bloco, mas Brasil, Argentina e Paraguai se opuseram, devido à explosiva crise política, institucional e socioeconômica nesse país.
Em consenso com o Uruguai, os quatro países decidiram, em setembro, assumir a condução colegiada do Mercosul e dar à Venezuela prazo até dezembro para que se ajustasse às regras da união aduaneira, sob pena de suspendê-la.
- Esse foi o acordo que estabelecemos. Para outros países, agora mudou a situação, e querem que Venezuela não participe mais do Mercosul. Desse ponto de vista, estamos contra isso - relativizou o chanceler uruguaio.
No final de outubro, os presidentes Mauricio Macri (Argentina) e Tabaré Vázquez (Uruguai) expressaram sua preocupação com a deterioração da situação na Venezuela e defenderam uma "solução pacífica" para a crise.
Macri chegou a pedir que a Venezuela fosse simplesmente excluída do bloco, porque "lá não se respeitam os direitos humanos".